Nesse dia a aula começou com
a professora conversando com os alunos sobre o comportamento deles, pois, no
dia anterior ela ficou sabendo que eles haviam feito muita bagunça na aula de música.
Essa mesma conversa já
aconteceu em outra ocasião, com a participação dos professores de Educação
Física e de Música.
A reclamação deles é com
relação ao comportamento dos alunos que não os respeitam.
Nesse dia estava previsto
para o primeiro horário fazer uma revisão coletiva de um texto e ir à
biblioteca escolher um livro para leitura, mas a professora preferiu usar esse
tempo para conversar com os alunos. Ela deu oportunidade para que todos
falassem e expusessem, suas opiniões e sugestões sobre o que poderia ser feito
para revolver esse problema.
O interessante é que na aula
de português os alunos se comportam muito bem, é incompreensível para mim os
outros professores estarem tendo tanta
dificuldade para manter a disciplina dos alunos.
Ao buscar e identificar como
se dá a relação professor-aluno, entende-se que a prática pedagógica do
professor em sala de aula deve ser algo a ser realizado com bastante dedicação,
planejamento e sempre voltado aos interesses dos alunos, relacionando sempre
com sua realidade, sem deixar de embasar sua prática docente ao projeto
político pedagógico da escola. Percebe-se também que, a professora A tem uma
melhor organização e preocupação com o desenvolvimento de seus alunos, e que
durante a observação em sala de aula, podemos perceber que sua pratica está
voltada aos interesses e realidade de seus alunos, pois, ela sempre está
perguntando e questionando a eles assuntos relacionados ao conteúdo, mas que ao
mesmo tempo seja algo relacionado aos os interesses deles.
No entanto além de ter a
tarefa de passar para os alunos as informações que lhe são pertinentes,
cumprindo o planejamento e conteúdos, ainda vai se deparar com as exigências de
uma conduta ética moral, “a prática docente especificamente humana, é
profundamente formadora, por isso, ética. Se não se pode esperar de seus
agentes que sejam santos ou anjos, pode-se e deve-se exigir seriedade e
retidão” (FREIRE, 2009, p. 65).
Fonte:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da
Autonomia. 35. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
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